Pobre amor, mal compreendido em sua grandeza – quem somos nós para compreender algo tão vasto? Nós queremos uni-lo à nossa vontade, ao nosso desejo, à nossa visão de como nossa história deveria ser. Quando percebemos que o amor não se deixa domar, endereçamos a culpa a ele.
Mas é tudo nossa culpa. Nós não sabemos nos deixar levar por ele, perder o controle para ele, não sabemos ser humildes. Não percebemos que o sabor do amor vem justamente dele não ser moldado pelas nossas mãos. O amor não é uma obra humana. Ele apenas vem. Tudo o que temos que fazer é percebê-lo onde ele está e abrirmos nossa vida para seus vários climas, suas várias faces, fases, períodos ensolarados ou chuvosos.
E envolvê-lo. Abraçá-lo. Mimá-lo um pouco. Vivê-lo. Sem a preocupação de marcar os dias felizes no calendário. Porque o tempo do amor não cabe nele. Com sorte, você vai caber na agenda do amor.
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